terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Baixo elétrico


baixo elétrico, chamado também de contrabaixo elétricoviola baixo ou simplesmente baixo é um instrumento de cordas semelhante a uma guitarra elétrica,[1][2][3] maior em tamanho e com um som mais grave. A evolução do contrabaixo acústico, é utilizado por diversos gêneros musicais modernos.
baixo elétrico, tradicional e popular que a maioria das bandas de rock usam, é muito similar a umaguitarra elétrica, mas com o corpo maior, um braço mais longo e uma escala mais extensa. Em geral, os baixos elétricos mais comuns possuem quatro cordas, e estas são afinadas, tradicionalmente, da mesma maneira que os contrabaixos de orquestra, sendo as mesmas notas que as quatro cordas finais de umaguitarra (i.e. Mi, Lá, Ré, e Sol), mas cada uma destas cordas são afinadas uma oitava mais graves, em tom, do que a guitarra.[4][5] A fins de evitar o uso excessivo de linhas suplementares inferior na pauta da partitura, a notação musical do baixo/contrabaixo é feita na clave de baixo (em Fá) e a anotação, em si, das notas musicais deve ser feita em transposição de uma oitava acima, relativamente ao som que o baixo deve emitir. Isto é, o som do baixo quando lendo de uma partitura para baixo, vai soar uma oitava mais grave do que as notas escritas na pauta. similarmente a uma guitarra, para se tocar o baixo elétrico com seu potencial sonoro total, este é conectado a um amplificador específico para contrabaixos; isto é essencial para as apresentações ao vivo, uma vez que o som do baixo elétrico sem amplificação é demasiadamente baixo por via dele ter um corpo sólido.

Características e história

Nos anos 50, o grande problema dos contrabaixistas da época era o transporte de seu instrumento, delicado (por ser feito de madeira) e extremamente pesado, até que no ano de 1951 um técnico em eletronica de 42 anos chamado Leo Fender criou o baixo elétrico.[6] O instrumento, batizado de Precision, ficou rapidamente conhecido como Fender Bass. Seu modelo era mais dinâmico e diferente do que o modelo do contrabaixo classico.
O primeiro baixista a se apresentar com o Precision foi William "Monk" Montgomery (irmão mais velho do guitarrista virtuose Wes Montgomery) em turnês ao vivo com a banda de jazz de Lionel Hampton.[7] Bill Black, que tocava baixo na banda de Elvis Presley, adotou o Fender Precision em 1957.[8]
Como na guitarra elétrica, as vibrações nas cordas causam um sinal elétrico a ser criado nos captadores, que são amplificados e reproduzidos por meio de um amplificador. Vários componentes elétricos e configurações do amplificador podem ser usadas para alterar o timbre doinstrumento.

Design

Um baixo Steinberger sem cabeça. Por: Ned Steinberger
O baixista atual tem um amplo campo de escolha para seu instrumento, como por exemplo:
  • Número de cordas (e afinação):
    • Como o modelo original de Leo Fender, que tinha 4 cordas afinadas em GDAE, ou algumas vezes em GDAD)
    • Cinco cordas (geralmente GDAEB, podendo em alguns casos ser CGDAE)
    • Seis cordas (geralmente CGDAEB, mas EBGDAE também tem sido usado)
    • Mais de 6 cordas envolvendo cordas semelhantes as de uma guitarra.
    • Baixo Tenor - CGDA
    • Baixo Piccolo - GDAE (uma oitava acima da afinação normal)
  • Captadores:
    • Os antigos baixos tinham apenas um captador magnético simples. Atualmente pode-se encontrar:
      • Captação ativa ou passiva (circuitos ativos usam uma bateria para aumentar o sinal)
      • Mais de um captador, dando uma variação de tons maior
      • Captadores em posições diferentes, como mais perto da ponte ou do braço do instrumento
      • Sistemas não magnéticos, como piezos ou sistemas Lightwave, que permitem ao baixista usar cordas não metálicas
  • Formato e cor do instrumento:
    • Existem diversas opções de cor, desde a cor da própria madeira do instrumento a efeitos visuais muito interessantes
    • Diferentes formatos de corpo (que afetam a maneira de tocar)
    • Com ou sem mão (nos modelos sem mão, a afinação é feita na ponte)
  • Trastes:
    • Com trastes (fretted) - como a maioria das guitarras
    • Sem trastes (fretless) - como a maioria dos contrabaixos acústicos
    • Partes do baixo elétrico

      1. Cabeça ou headstock
      2. Tarraxa
      3. Pestana
      4. Tensor
      5. Escala
      6. Braço
      7. Marcação
      8. Traste
      9. Pino da correia
      10. Junta do braço com o corpo
      11. Corpo
      12. Cordas
      13. Captadores
      14. Knob
      15. Ponte
      16. Pino da correia
      17. Técnicas

        ]Tapping

        tapping é a técnica no qual as notas são extraídas de um instrumento de cordas de forma parecida ao de um piano, batendo nas cordas com as pontas dos dedos nas notas que se deseja executar. Quando são utilizadas ambas as mãos recebe o nome de two-hands tapping, sendo na guitarra popularizada por Eddie Van Halen.


        Slap

        slap é a técnica tem sua criação atribuída a Larry Graham, que se não foi o inventor, seguramente foi quem primeiro a popularizou. Chamado por Graham de "thumb and pluck", consiste em percutir e puxar as cordas usando o polegar e os outros quatro dedos da mão direita (ou esquerda, para canhotos) obtendo uma sonoridade estalada e metálica, sendo uma das mais complexas técnicas de execução no contrabaixo elétrico[9].


        Pizzicato

        pizzicato ("beliscado", em italiano) é a técnica em que se dedilha, com a alternância de dois, três ou quatro dedos, as cordas. Vem sendo utilizada há alguns séculos no jazz e na música erudita, mas de uma maneira diferente: enquanto nas orquestras o pizzicato é apenas um "beliscão" na corda, normalmente feito com um só dedo, e no jazz utiliza-se uma pegada diferente, colocando-se o dedo quase que paralelo a corda e com isso gerando um som mais "encorpado".
        Em 1911, Bill Johnson, que tocava contrabaixo (com arco) na Original Creole Jazz Band, teve o arco quebrado. Não tendo outro à mão, Bill tratou de tocar dedilhando as cordas com os dedos da mão direita. O resultado agradou tanto que desde então usa-se muito pouco o arco para tocar esse instrumento no jazz. O método mais comum de execução desta técnica é usando os dedos indicador e médio para atacar as cordas, podendo-se utilizar também o anelar (muito usado em músicas rápidas, como o heavy metal) e o dedo mínimo. Alguns poucos contra-baixistas usam o polegar para cima e para baixo, como uma palheta.


        Palheta

        Principalmente no hard rock e no punk rock, é comum os baixistas tocarem o baixo com palheta, fazendo com que o som fique mais estalado e agudo, e por vezes mais potente. Normalmente, usa-se uma palheta mais grossa do que na guitarra (de 2 a 3 milímetros).


        Fretless

        Características

        Fretless ("sem traste") é o nome na língua inglesa para o contrabaixo sem os trastes, estes "ferrinhos" que dividem o braço do instrumento emsemitons. Contrabaixo sem traste é comum tanto entre os contrabaixos clássicos (que fazem parte da seção dos instrumentos de cordas em uma orquestra), como pode também ser encontrado entre os baixos elétricos (os modelos desta matéria), e também como na versão dos contrabaixos de orquestra que são eletrificados (com sua grande caixa acústica eletrificada com captador).

        Por se tratar de um instrumento não 
        temperado, sem trastes para definir a altura das notas na escala, a técnica consiste em treinar o ouvido pra que as notas saiam afinadas, e aumentar a precisão dos dedos da mão esquerda para que o som saia mais limpo, além de se manter um vibrato eficiente que prolongue o som da nota.A técnica para fretless é bem diferente do contrabaixo acústico e muito semelhante ao baixo, tocando-se com dois, três ou quatro dedos da mão direita. Seu som produz um sustain longo e pronunciado e tem um timbre parecido com o do acústico. Para estilos musicais mais vintage ou folk, costuma-se utilizar cordasflatwound e para funk e ritmos mais modernos a partir dos anos 80, cordas roundwound, onde pode se aplicar também o slap em lugar do pizzicato.



        Referências

        1.  O "New Grove Dictionary of Music and Musicians" define o termo "baixo" como: "Baixo (iv). Uma contradição de contrabaixo e da guitarra-baixo elétrica." Ibid.
        2.  O termo próprio é "baixo elétrico", e freqüentemente é chamada de "guitarra baixo", de acordo com Tom Wheeler, e pode ser verificado em: The Guitar Book, pp 101-2. Guitars, Evans and Evans, pag. 342.
        3.  Embora "baixo elétrico" seja um dos nomes mais comuns do instrumento, "guitarra baixo" ou "guitarra-baixo elétrico" são frequuentemente usados e alguns autores afirmam que estes termos são historicamente corretos --- Roberts, Jim (2001). 'How The Fender Bass Changed the World', ou, "Jon Sievert interview with Bill Wyman,", Guitar Player magazine, Dezembro, (1978) ).
        4.  Afinação de Baixo elétrico/Contrabaixo: E1=41.20 Hz, A1=55 Hz, D2=73.42 Hz, G2=98 Hz; com uma quinta corda opcional: B0=30.87 Hz
        5.  Afinação normal de uma guitarra: E2=82.41 Hz, A2=110 Hz, D3=146.8 Hz, G3=196 Hz, B3=246.9 Hz, E4=329.6 Hz
        6.  Slog, John J.; Coryat, Karl [ed.] (1999). The Bass Player Book: Equipment, Technique, Styles and Artists. Backbeat Books. p. 154. ISBN 0879305738
        7.  George, Nelson (1998). Hip Hop AmericaViking Press. p. 91. ISBN 0670971532
        8.  Bacon, Tony (2000). 50 Years of Fender. Backbeat Books. p. 24. ISBN 0879306211
        9.  Bass Player online edition Larry Graham: "Trunk of the Funk Tree"



         


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